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A rosa dos vergéis do Paraíba

Barra Mansa é uma cidade situada no Médio Paraíba, sul do estado do Rio de Janeiro. Desmembrou-se de Resende no período inicial do ciclo cafeeiro no Vale do Paraíba, em 1832. No entanto, foi elevada a cidade apenas em 1857.


Apesar da riqueza advinda do café, as terras exauridas deram lugar a pastos e no princípio do século XX a pecuária leiteira se torna a principal fonte de renda do município. Em 1940 a industrialização traz para a vila de Volta Redonda, então território de Barra Mansa, a Companhia Siderúrgica Nacional e outras empresas de metalurgia abrindo caminho para a industria em todo o Vale. Atualmente, município conta com empresas tradicionais de siderurgia, metalurgia e usinagem.

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Uma característica marcante em Barra Mansa é a população, em sua grande maioria composta de descendentes de mineiros, que chegaram a cidade nos diferentes períodos econômicos com esperança de uma vida melhor e muita disposição para desenvolve-la. Hoje o setor de Comércio, Serviços e Turismo é o maior da cidade.

 

O principio do desenvolvimento de Barra Mansa por meio da cafeicultura deixou vestígios em sua área urbana, mas principalmente na zona rural. Nos distritos de Nossa Senhora do Amparo e Rialto estão a maioria das fazendas remanescentes do período cafeeiro na cidade.

 

Na região central de Barra Mansa existem ainda alguns palacetes e a estação de trem, além da Matriz e o Parque Centenário construído em 1874.

Acervo Arquivo Nacional

Em 1820, Barra Mansa já cultivava café na região de Nossa Senhora do Amparo, onde ainda hoje existem algumas propriedades como as fazendas Criciúma, Sant'ana do Turvo e Ribeirão Claro. Em 1860 esse distrito de Barra Mansa possuía 40 fazendeiros que produziam 148.900 arrobas de café. Hoje a localidade permanece como zona rural com alguns hotéis fazendas e restaurantes.

No distrito de Floriano destaca-se a fazenda Rochinha, atualmente produtora da cachaça de mesmo nome conhecida nacionalmente e premiada no exterior. Na mesma localidade há a fazenda Paraíso, onde faleceu o segundo presidente da república, Marechal Floriano Peixoto.

Navegação

no Paraíba

José de Souza Azevedo - Barqueiro
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Em 1860, os 214 fazendeiros de Barra Mansa produziam 760.300 arrobas de café e gastavam 9 dias com tropas de mula para levar sua produção até o porto de Mangaratiba.  O primeiro barco foi construído por José e tinha 6 metros de comprimento por 2 de largura.

 

Com o novo meio de transporte, o café saía de Barra Mansa e ia até o porto Ipiranga na localidade de Vassouras, território de Barra do Piraí, onde os trilhos da Estrada de Ferro Pedro II já tinham alcançado. Levava agora 6 horas e as despesas caíram 40%.

 

Um barco era capaz de transportar até 1000 arrobas de café em cada viagem.  No ano de 1862 o fluxo no Paraíba era de 60 unidades marítimas à remo com três metros de largura e 11 de comprimento. Mais tarde algumas empresas disponibilizaram viagens em barcos à vapor, mas com a chegada da Ferrovia a navegação perde a vez.

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Ao longo da rodovia RJ-157, estrada que liga Barra Mansa a Bananal, no distrito de Rialto existem outras 6 fazendas, e ainda uma na Rodovia Presidente Dutra, na altura do km 262 e outra no bairro rural de Colonia Santo Antonio. No entanto, não são todas as fazendas que estão em bom estado de conservação, algumas disponibilizam o espaço com opções de lazer.

Na zona ubarna de Barra Mansa o Palácio Barão de Guapi abriga a Biblioteca Municipal. A Praça da Matriz, a Estação Ferroviária e a Casa-sede da Fazenda da Posse, núcleo inicial do povoamento de São Sebastião da Barra Mansa, também compõe o casario da localidade. Não há um centro de atendimento ao turista com informações disponíveis, a Academia Barramansense de História - ABH tem sido o orgão mais atuante na conservação da história do municipio.

Em 2017, ano que a cidade completou 185 anos, a Fundação Cultural de Barra Mansa em parceria com o SESI FIRJAN, onde se localiza a casa-sede da antiga Fazenda da Posse reformaram o casarão que passará a abrigar o Centro de Documentação Histórica e Memória de Barra Mansa, no local organizaram o Festival Fazenda da Posse e retomaram o desfile civico de 03 de outubro, data de aniversário da cidade.

 

A nova administração do município, que assumiu em 2016, pensou as ações como estimulo ao sentimento de apreço dos cidadãos por Barra Mansa. Com a inteção de resgatar a auto estima do povo barra-mansense através de sua história a ABH em parceria com a empresa Trinita Web Solutions lançou o site Rosa dos Vergéis, o nome faz alusão ao titulo honorífico da cidade.

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O atual governo do município vem demonstrando interesse em estimular o setor turistico, inclusive historico-cultural, como alternativa econômica. Consolidar Barra Mansa como destino turístico da Região Vale do Café, uma das 10 regiões turisticas definidas pelos orgãos competentes do governo do estado do Rio de Janeiro, é o principal objetivo. A cidade já faz parte do Vale do Café, no entanto, a classificação administrativa não é suficiente para que o público desse segmento turistico, nem ao menos os cidadãos de Barra Mansa e região identifiquem a cidade como um dos destinos para turismo histórico do período do café no estado do Rio.

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Sede da Fazenda da Posse

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